Sobre a trilha do Açude do Camorim

16 jan

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Dentro da floresta, em uma bacia fechada pelas montanhas, encontra-se o surpreendente Açude do Camorim, com área de 210.000 m³ e profundidade de 18 metros, 435 acima do nível do mar, o açude possui cerca de um quarto do tamanho da Lagoa Rodrigo de Freitas. O açude por incrível que pareça, não é natural e sim foi planejado por Sampaio Corrêa e construído por Henrique de Novaes em 1908, formando um dos mais belos recantos de toda cidade Maravilhosa.

Origem da palavra Camorim

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Camorim é um nome derivado do Tupi “CAMURY”, CA (Mata) e MURY (mosca ou mosquitos), “mata com muitos mosquitos”. Esse nome designa o bairro, e sua principal estrada de acesso, o açude e uma cachoeira. Toda essa região pertencia a Gonçalo Correia de Sá e era conhecida como Pirapitingui (peixe de escamas branca). Nela, Correia de Sá possuía a antiga fazenda do Camorim, onde, em 1625, mandou levantar a capela de São Gonçalo de Amarante, padroeiro do lugar, que existe até hoje.

O açude do Camorim

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O açude está localizado entre as Serras do Quilombo, do Nogueira e o Pico do Sacarrão, num vale cercado de muito verde, mais abaixo encontramos as cachoeiras do Camorim e Véu-da-Noiva, essa última junto à represa de captação e à caixa d’Água, construídas em 1908. Infelizmente não é permitido o banho nas águas do açude, pois as mesmas abastecem até hoje parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro e sem contar que existem perigosos sumidouros no açude.

A maior parte do bairro do Camorim e Vargem Grande está ocupada pelas montanhas do maciço da Pedra Branca, abrangendo a Pedra Rosilha e a Serra do Nogueira. A herdeira de Correia de Sá, Dona Vitória de Sá, tinha um primitivo engenho que foi dividido em três grandes fazendas. Esse engenho era enorme e era chamado de Engenho do Camorim, ele incluindo o atual bairro do Camorim, de Vargem Pequena, de Vargem Grande, parte da Barra da Tijuca e parte do Recreio dos Bandeirantes. Dona Vitória deixou em testamento o Engenho do Camorim para os padres beneditinos, que ocuparam a região por cerca de 200 anos.

Localização

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Situado na Zona Oeste da cidade, o Parque Estadual da Pedra Branca é o maior parque natural urbano do mundo, com área de 12.500 hectares, para se ter uma idéia que não é pouca coisa, é ele possui uma área quase 3 vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca, onde se encontram as trilhas do Pico da Tijuca, a Pedra Bonita e o Bico do Papagaio. O parque protege resquícios da nossa Mata Atlântica e nele encontramos além do Pico da Pedra Branca que é o ponto culminante da cidade do Rio de Janeiro com 1024 metros de altitude, as represas do Camorim e do Pau da Fome, um antigo aqueduto, antigas fazendas coloniais e um importante patrimônio arquitetônico, com a Capela de São Gonçalo do Amarante, construída em 1625, a Igreja de Nossa Senhora de Monserrat, de 1776, e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e São Boaventura, construída por volta de 1730.

Confira os outros textos do Caminhadas Ecológicas RJ sobre a Pedra Bonita, Morro da Urca, Bico do Papagaio e Pico da Tijuca.

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2 Respostas to “Sobre a trilha do Açude do Camorim”

  1. jairo de alencar 29 de abril de 2013 às 10:49 AM #

    realmente uma maravilha de lugar, já estive 2 vezes neste lugar uma delas o grupo dormiu na torre caída, pegamos a trilha que começa na boca do mato em vargem pequena.

Trackbacks/Pingbacks

  1. Trilha do Açude do Camorim – Caminhadas Ecológicas RJ « Caminhadas Ecológicas RJ - 18 de janeiro de 2012

    […] No post anterior eu falei um pouco sobre o Açude do Camorim, agora falarei da trilha para chegar até ele. Situada no Parque Estadual da Pedra Branca – bairro da Taquara, essa caminhada é uma das mais interessantes da cidade, já que caminhamos até um lago que parece esquecido, localizado num vale no alto das montanhas, a mais de 400 metros de altitude, e ainda temos um belo riacho que nos acompanha em alguns momentos da trilha. […]

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